A oportunidade de fazer um intercâmbio de duplo diploma em numerosas instituições francesas por meio de diferentes programas é bastante difundida e conhecida por grande parte dos alunos da UFRGS. Dentre todos os diferentes programas, o intercâmbio com o grupo das Écoles Centrales toma um certo destaque por estar disponível a todas engenharias, pela sua proposta curricular inédita para alunos brasileiros e pela sua seriação aconselhada para candidatura corresponder a semestres, de certa forma, iniciais dos cursos. Apesar da grande difusão deste programa entre os estudantes, o procedimento envolvido em uma candidatura é um pouco obscuro e pode levantar diversas questões dos alunos interessados. Para os interessados no intercâmbio, alguns agentes vão ser bem relevantes e vale a pena citá-los desde já. Primeiramente, a Comissão de Mobilidade Estudantil (COMOBE) é o órgão da Escola de Engenharia da UFRGS que vai guiar todo o procedimento desde a candidatura até as relações com a UFRGS uma vez na França. Especificamente para o projeto com as Écoles Centrales, os atuais coordenadores do projeto são os professores Fernando Gonçalves Amaral e João Manoel Gomes que junto à COMOBE fornecerão todo auxílio para a candidatura. Nos últimos anos, uma palestra na metade do ano, organizada pela COMOBE anuncia e apresenta os programas de intercâmbio da Escola de Engenharia com a França. Na parte consagrada às Écoles Centrales, desde a proposta generalista até o processo de candidatura é apresentado. PRÉ-REQUISITOS O programa está aberto às candidaturas de todos alunos da Escola de Engenharia cursando o 4º semestre (para quem ingressou na universidade no primeiro semestre do ano) ou o 5º (para quem ingressou no segundo semestre) e que estejam na seriação aconselhada, ou seja, sem reprovações. Um i3 de no mínimo 8 é também exigido para a inscrição no programa. Para as etapas do processo, o conhecimento de uma língua estrangeira é de grande importância. O candidato deve se mostrar capaz de redigir documentos e de se comunicar em inglês ou em francês, tendo em vista que, ao longo do processo, uma entrevista com professores das instituições francesas deverá ser realizada. Observa-se que, para a inscrição, não é necessário ter conhecimento do francês, mas qualquer contato prévio com a língua pode ser de grande ajuda. PRIMEIRA FASE A candidatura é lançada ao enviar uma série de documentos à COMOBE. Esses documentos são essencialmente: um currículo vitae (em inglês ou francês e em português), uma carta de motivação (em inglês ou francês), seu histórico escolar, seus resultados no vestibular e também uma cópia do ordenamento do seu curso no seu semestre. Essa série de documentos pode sofrer alterações de ano em ano, mas estes representaram os itens exigidos nos últimos anos. A COMOBE em conjunto com a COMGRAD de cada curso selecionará em torno de 25 alunos para a etapa seguinte. Os critérios utilizados são um pouco incertos e podem variar de ano em ano. Estes órgãos tendem, no entanto, a selecionar os candidatos com os maiores i3, mantendo uma certa homogeneização entre cada curso. SEGUNDA FASE Uma vez aprovado na primeira fase, o candidato é então convocado a uma curta entrevista de 15 minutos com alguns professores das Écoles Centrales. Esta etapa tende a ocorrer no início de outubro. Previamente ao encontro, o estudante pode ser convidado a eleger as instituições que mais o agradam. Durante a entrevista, a comunicação pode ser feita tanto em inglês quanto em francês. Esta liberdade de escolha entre os idiomas não deve prejudicar o aluno, mas qualquer conhecimento da língua francesa pode ser bastante apreciado pela comissão avaliadora. Os assuntos cobertos na conversa podem ser bem amplos, mas não são, em geral, técnicos. Os professores procuram explorar mais a fundo a motivação e o perfil de cada candidato, recorrendo frequentemente aos documentos enviados, como a carta de motivação, o currículo e mesmo o histórico escolar. Depois de cerca de um mês, os selecionados serão divulgados. É importante destacar que a comissão não selecionará uma quantidade específica de alunos, mas sim os alunos que em suas opiniões têm um perfil mais adaptado ao programa e a um intercâmbio de dois anos. A atribuição da École Centrale para cada selecionado é definida pela comissão e divulgada junto aos selecionados. A preferência das escolas de cada selecionado será levada em consideração, mas não definirá necessariamente a qual instituição o estudante será vinculado. FINANCIAMENTO Os selecionados após a entrevista terão suas vagas na Centrale na qual foi atribuído. A parceria entre a UFRGS e as Écoles Centrales impõe benefícios para o estudante, como a anulação das taxas de inscrição e anuidades da escola francesa. Entretanto, o custo de vida, o custo habitacional e taxas diversas devem ser bancadas pelo estudante. Parte dos selecionados recorre então a diferentes bolsas para financiar seus estudos na França. Duas bolsas se destacam por abranger a maior parte dos estudantes bolsistas neste intercâmbio. Maiores informações sobre cada bolsa ver aba Bolsas. Ambas bolsas podem fornecer quantidades suficientes para o custeio integral ou quase integral dos bolsistas na França. No entanto, caso ao estudante não tenha sido concedido nenhuma destas bolsas, outras alternativas podem ser buscadas por meio de financiamento com empresas ou diferentes bolsas, ou, se for possível, pelo custeio do intercâmbio com fundos próprios. Mais informações podem fornecidas pela COMOBE. Dante Colao Zanuz Centrale Paris, Promo entrante 2015
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Autor
Dante Colao Zanuz |