O programa de duplo diploma para as famosas Écoles Centrales, assim como vários outros intercâmbios acadêmicos para engenharia, é administrado pela DARI (Diretoria Adjunta de Relações Internacionais) da Escola Politécnica, que também estende o programa para a Escola de Química (engenharias química, de bioprocessos e de alimentos). Todos os anos, alguns meses antes de começar o processo seletivo, os alunos têm a oportunidade de conhecer os diferentes programas de intercâmbio através de palestras que a DARI divulga, muitas vezes tendo a participação de ex-alunos que fizeram parte do programa ou mesmo de enviados das universidades que são abrangidas pelo programa. Os alunos são seduzidos pelas diferentes opções: país, tipo de programa, tempo do programa e, no caso do duplo diploma, a oportunidade de receber dois diplomas simultaneamente ao se formar. RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA POLITÉCNICA Ela gere todos os intercâmbios para a engenharia: seleciona estudantes, busca parcerias, participa das negociações de bolsas com o governo, defendendo o direito dos alunos de fazer uma mobilidade internacional e administra a grade de matérias feitas no exterior pelos intercambistas. Ela também se ocupa dos estrangeiros que chegam na UFRJ para fazer um intercâmbio. Em seu site, os alunos podem encontrar os editais dos diferentes programas, arquivos necessários para a mobilidade, como, por exemplo, o famoso Plano de Estudos. Também podemos ver os parceiros (universidades), entender os tipos de programas, processo de visto, etc. A coordenadora do intercâmbio para as centrales é a professora Elaine Vazquez, que seleciona alunos nas primeiras etapas até a entrevista com os professores franceses, e a diretora da DARI é a professora Ana Carla Araújo. EDITAL PARA AS ÉCOLES CENTRALES PRÉ-REQUISITOS - No momento da seleção, o aluno deve estar cursando o 4o ou o 5o período, ou o equivalente de créditos. Isso ocorre porque, diferentes de algumas universidades, a UFRJ seleciona alunos para o primeiro e segundo semestre do ano, através do ENEM. Com isso, os alunos que entraram no segundo semestre também podem participar do programa. Na prática, são os alunos de segundo semestre de 2 anos antes da seleção e de primeiro semestre do ano anterior da seleção que podem concorrer. Exemplo: em 2015.2 (período da seleção) foram selecionados alunos de 2013.2 e de 2014.1. Na prática, os períodos correspondem a números de créditos, o que pode mudar um pouco esse quadro de seleção por período. - O aluno não pode ter participado de um outro programa de intercâmbio anteriormente; - O aluno deve ter um bom desempenho acadêmico, i.e. CRA ³ 7.0, onde CRA significa Coeficiente de Rendimento Acumulado, uma média ponderada das matérias já realizadas pelo aluno; os pesos são os créditos das matérias (proporcional de horas práticas ou teóricas). Na prática, exceção de casos raros, os alunos são selecionados na fase final com CRA ³ 8.0; - O aluno deve ter sido classificado no ENEM com no mínimo 600, o que, geralmente, não configura como um problema, pelo fato de a nota de corte para ingressar na engenharia da UFRJ ser bem superior que 600; - O aluno deve ter proficiência na língua francesa. Este último requisito não é obrigatório para o programa em si, já que a entrevista pode ser realizada em inglês, assim como a redação da carta de motivação. Entretanto, o nível de francês é, já na primeira fase da seleção com a coordenadora, um dos critérios de corte. Além disso, a CAPES (administradora das bolsas pelo governo) determina que o nível obrigatório para se eleger à bolsa é o B1. DOCUMENTOS PARA SE INSCREVER - O aluno deve preencher o Formulário de Inscrição Online; - Boletim Oficial atualizado; - Declaração de matrícula ativa com o período em curso; - CRID do período: Confirmação de Registro de Inscrição em Disciplinas, é o documento que consta as matérias que estão sendo realizadas pelo aluno no momento da seleção; - Curriculum Vitae no modelo Lattes em inglês; - Carta de exposição de interesse; - Comprovante de classificação no ENEM com no mínimo 600; - Opcionalmente, uma carta de recomendação. AS ETAPAS DO PROCESSO SELETIVOS Existem basicamente três etapas decisivas do processo seletivo: 1) Triagem pré-seleção Nessa etapa, os alunos são escolhidos para a primeira “entrevista” pelo CRA. Isso é necessário pelo fato de a próxima etapa comportar no máximo 25 alunos. Logo depois de fecharem as inscrições os alunos recebem um e-mail com os 25 que passam para a entrevista com a coordenadora do programa. 2) Entrevista com a coordenadora Na realidade, esta etapa é uma avaliação de currículo e confirmação de alguns pontos pela coordenadora. Os 25 alunos e a coordenadora se reúnem numa sala, e a coordenadora confirma o nível de francês, algumas notas, caso elas não tiverem sido lançadas ainda, também a média dos cálculos, a carta realizada, CV e as atividades extras realizadas. Com essas informações, a coordenadora pode realizar uma média e selecionar 15 alunos dos 25. Neste ponto da seleção, os alunos recebem um e-mail com os selecionados para a próxima etapa, a entrevista com os coordenadores franceses, e a lista de documentos que devem ser entregues: carta de motivação em francês/inglês modelo francês, histórico escolar em inglês e ranking escolar. Os alunos também devem selecionar as três Écoles mais desejadas entre as cinco, na ordem de preferência. É recomendado também que essas opções aparecem na carta de motivação. 3) Entrevista com os coordenadores franceses É a etapa mais decisiva e mais tensa da seleção. Uma mesa longa retangular, o aluno de um lado e cinco franceses na frente com computadores abertos, prontos para digitar tudo o que o candidato falar. Para mais informações, acesse a aba: Entrevista Júlia Zwirman
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Autor
Júlia Zwirman |